Pedro Honorato escreve: ‘NÃO VACINADOS AMEAÇAM O FIM DA PANDEMIA DE COVID 19’

Pessoas com imunização incompleta contra a Covid 19 são maioria entre os novos hospitalizados com a doença, com base em resultados de estudos nacionais e internacionais observa-se que tanto o Brasil com em diversos países já publicaram dados que corroboram esse cenário. Entre os hospitalizados com forma grave da doença, mais de 95% são não-vacinados. Só está parando no hospital quem não tem esquema vacinal completo.

Entre as pessoas imunizadas, os 5% que se infectam e desenvolvem forma grave são, em geral, são de grupos de imunossuprimidos ou idosos com comorbidade. Infectologistas comentam que o risco do indivíduo vacinado ficar doente e transmitir a covid 19 é muito menor do que aqueles que não se vacinaram.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações – SBI Renato Kfouri, explicou que, após seis meses da aplicação da segunda dose, há um prejuízo na proteção, independente se a pessoa tomou AstraZeneca, Pfizer, Coronavac ou Janssen, esse é um efeito de classe para todas as vacinas.

A necessidade da proteção dos idosos, acima de 70 e 80 anos, mesmo vacinados, continuam com o risco maior de hospitalização e morte do que adultos não vacinados, portanto, quanto menos exposição desses indivíduos melhor.

O outro público-alvo da imunização são as crianças de 5 a 11 anos. Diferente da análise do Presidente da República que afirmou nesta quinta-feira (6) em entrevista no Palácio do Planalto que “nunca ouviu falar de mortes nesta faixa etária por Covid 19,” a Associação Brasileira de Pediatria mostra dados que até 29 de novembro de 2021 morreram 558 crianças de 5 a 11 anos de covid-19 no Brasil. Foram 297 mortes notificadas em 2020 e mais 261 reportadas até agora em 2021. Esse é o grupo etário para o qual a Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a vacinação com o imunizante produzido pela empresa farmacêutica Pfizer. O Ministério da Saúde já deu o aval para começar a imunização na segunda quinzena desse mês de janeiro.

A vacina é eficaz e segura para as crianças, segundo pesquisadores, agências reguladoras de diversos países (inclusive a Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudo feito com crianças de 5 a 11 anos que receberam duas doses de vacina da Pfizer mostrou que elas tiveram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos, portanto, aguardemos ansiosos para que nossos pequeninos sejam tão logo protegidos da covid 19 e possamos garantir um futuro mais saudável para todos eles.

Pedro Honorato

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