A dengue pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os primeiros sintomas aparecem de quatro a dez dias depois da picada do mosquito infectado. A doença se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizada por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica da dengue, entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas, podem surgir manifestações clínicas, sinais de alarme correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave, conhecida anteriormente como dengue hemorrágica. Na forma grave, há um aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.
Os sinais clínicos de alarme da dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão postural ou lipotimia tonturas, decaimento, desmaios, hepatomegalia dolorosa aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz ou hemorragias importantes, vômitos com sangue ou fezes com sangue de cor escura; sonolência e ou irritabilidade, diminuição do volume urinado. diminuição repentina da temperatura do corpo hipotermia e desconforto respiratório.
Uma infecção curada de dengue confere ao paciente imunidade contra o tipo de vírus responsável. Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, para estar totalmente imunizado, é necessário ter tido contato com todos eles. Caso contrário, a cada contágio com um novo tipo de vírus, os sintomas são mais intensos e o risco de desenvolver a dengue grave é mais alto.
Em 2024, o coeficiente de incidência de dengue no Brasil foi de 3.221,4 casos por 100 mil habitantes. O aumento de casos em 2024 é 400% maior em relação ao ano anterior e com expectativa de pico entre março e abril de 2025.
O Brasil registrou 6.068 mortes por dengue em 2024, número que ultrapassou os óbitos causados pela covid-19 no mesmo período, que somaram 5.959. todos precisam estar atentos e combater a dengue em sua residência e nas imediações.
Pedro Honorato – Profissional de saúde pública Morro do Chapéu -BA