Foi dada a largada para as campanhas dos candidatos a vereador e a prefeito em todo o país, mas e aí, você sabe o que pode ou não nessas eleições? A reclamação mais frequente é a propaganda recebida de maneira abusiva, ou seja, aquilo que não foi solicitado. É via e-mail, aplicativos de mensagens, mensagens diretas, telefonemas, cartas, tudo isto pode ser praticado desde que se lembrem de não pedir explicitamente votos aos seus contatos, pois só está liberado a partir do registro das candidaturas.
As redes sociais se tornaram aliadas dos candidatos, quem tiver fora da rede vai ficar para trás, afinal de contas, todo mundo quer conquistar o voto e com ele conquistar a tão sonhada cadeira na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura Municipal. Algumas observações precisam ser feitas, a partir do dia 30/06, exemplo: o pré-candidato que já expõe sua imagem em programas de rádio ou televisão, passa a ser vetado de ter visibilidade nesses veículos de comunicação. 06/07 – Período que passa a ser proibido a realização de nomeações, exonerações e contratações, assim como o pré-candidato participar de inauguração de obras públicas. 20/07 a 05/08 – datas que ocorrem as convenções partidárias e a escolha de candidatos (as) à prefeitos (as) e vereadores. 15/08 – Prazo final para registrar os nomes dos candidatos às prefeituras e cargos de vereadores na Justiça Eleitoral.
É preciso que o candidato tenha uma comunicação de campanha bem definida, caso contrário todo o seu esforço pode ir por água abaixo, e aquele sonhado voto que deseja conquistar pode se tornar um tiro no pé, e o eleitor que hoje estava aqui, ou ainda não havia escolhido um candidato, pode facilmente ser conquistado pelos concorrentes. A única moeda válida na eleição é o voto, sabemos que existe muito a pratica de assistencialismo nas eleições municipais, mas essa é crime eleitoral. Voto na urna é o que difere eleitos de não eleitos. Mas aí surge a grande questão: onde está o meu eleitor?
Bem, ao começar uma campanha, o candidato deve ter em mente duas coisas primordiais: quem é o seu público eleitor, aquele que você deseja atingir, e o que você, enquanto candidato, pretende fazer por ele assim que for eleito. Ressaltando-se que o vereador não executa, apenas propõe através de projetos de lei, indicações, recomendações ao executivo e assim por diante.
Um mandato se faz em conjunto e depende de várias questões, como o orçamento público, leis municipais, pessoas, profissionais especializados, empresas entre outros, mas demonstrar boa intenção em prol do bem comum, conhecendo a fundo peculiaridades da sua região já é meio caminho andado.
Muito se fala do vereador do bairro, criou-se até um certo preconceito a essas figuras. Ele é o paladino salvador das causas daquele buraco na rua, daquela unidade de saúde fechada, ao passo que no outro oposto da cidade, fica sendo “o cara em quem eu não voto porque ele vai governar para o bairro dele” puro engano, o vereador não faz, propõe e indica, cobra as realizações de obras.
Vereador, prefeito, deputados e senadores, independente do cargo, governam para toda a população, independente da raça, etnia, religião, a nomenclatura pouco importa, o que importa é o que essa pessoa vai fazer depois de eleita e a sua obrigação, enquanto eleitor e cidadão, é cobrá-lo quando ele estiver lá e lembrá-lo de que foi o voto coletivo que deu a ele a oportunidade de se eleger.
Além disso, saiba que a campanha é um investimento a curto prazo ou você entra para ganhar, ou é melhor ficar na sala de casa, confortável, no seu sofá, assistindo ao horário eleitoral gratuito. Política não é para amadores e, se você quer realmente se diferenciar, olhe para onde todos estão olhando, mas vá além! Eleição se ganha na urna, e se você está nessa corrida eleitoral, boa sorte! Jogando no ataque pois na defesa não se faz gol ainda é preciso tomar cuidado, pois é mais fácil fazê-los contra.
Pedro Honorato
Professor de Sociologia