Pedro Honorato escreve: ‘A FEBRE AMARELA VOLTA A AMEAÇAR NO BRASIL’

A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes às espécies Aedes (principalmente Aedes aegypti, responsável também por transmitir a Zika, a Dengue e a Chikungunya e Haemogogus. As diferentes espécies de mosquitos vivem em diferentes habitats, o que determina três tipos de ciclos de transmissão:

Febre amarela silvestre incide nas florestas tropicais, onde os macacos são o principal reservatório do vírus, eles são picados pelos mosquitos selvagens que passam o vírus para outros macacos. Ocasionalmente, os seres humanos que trabalham ou vivem próximo as florestas são picadas por esses mosquitos infectados e desenvolvem a doença.

A Febre amarela intermediária: neste tipo de transmissão, os mosquitos semidomésticos, aqueles que se reproduzem tanto na natureza quanto em áreas urbanas infectam tanto macacos quanto pessoas.  A febre amarela é difícil de diagnosticar e o diagnóstico muitas vezes é baseado nas características clínicas do paciente, nos locais e datas de viagens se o paciente é de um país ou área não endêmica, nas atividades e na história epidemiológica do local onde a presumida infecção ocorreu.

Geralmente, o diagnóstico por laboratório é realizado por meio de testes para detecção de anticorpos específicos. Às vezes, o vírus pode ser encontrado em amostras de sangue coletadas no estágio inicial da doença.

A boa notícia é que a febre amarela pode ser prevenida por uma vacina extremamente eficaz, segura e acessível em todas as unidades de saúde públicas e saúde da família em todo brasil sendo que pode ser aplicada em indivíduos a partir dos 06 meses de vida e produz imunidade em 99% das pessoas vacinadas. Segundos as diretrizes da OMS, uma dose única da vacina é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida. No Brasil, no entanto, o Ministério da Saúde recomenda duas doses, mas as especificações podem variar de região para região.

Em áreas de alto risco onde há pouca cobertura vacinal, o reconhecimento imediato e o controle de possíveis surtos por meio de imunizações em massa são essenciais para prevenir uma epidemia.

Na transmissão urbana, a prevenção deve ser feita evitando a disseminação do Aedes aegypti. Os mosquitos se reproduzem em água limpa e se proliferam dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente com água limpa e parada, como caixas d’água, latas e pneus, são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados.

No brasil, 61 casos de febre amarela foram confirmados em 2024, dos quais 28 foram fatais. 45,9% dos casos evoluíram pra mortes, além do Brasil, Bolívia, Colômbia e Peru também são áreas endêmicas. Nestes territórios foram notificados mais 17 casos janeiro deste ano, com sete mortes.

 

Pedro Honorato – Profissional de Saúde – Morro do Chapéu – BA.

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