Episódios do Junhão: ‘A GRANDE ESTRÉIA!!!… ’

Anete: A nova componente da produção em família do Junhão chegou!

A produção literária da família do Junhão é de uma criatividade que nos inspira.

Quem nos foi apresentada agora foi Anete:

Anete é um conto de ficção onde o personagem se apaixona por uma linda mulher que acabou de conhecer. O final é surpreendente quando os enamorados são separados devido a uma situação inusitada.

A obra literária já está disponível na plataforma amazon.com.br e para adquiri-la basta clicar na imagem:

‘Junhão’ ganhou uma irmã: Anita

Qual não foi a nossa felicidade ao saber que tem novidade para os leitores morrenses e de qualquer parte do planete: Anita.

Será irmã do Junhão?

De certo que Anita é um conto que relata uma estória com um desfecho surpreendente, onde o personagem se desdobra em narrar sobre o seu passado e culmina com a frustração do presente. A fantasia do conto indica que a mente humana é livre, embora muitas vezes seja cerceada, por isso a sinopse não poderá dar detalhes que poderão malograr a intenção da estória ter um final fantástico.

A obra literária já está disponível na plataforma amazon.com.br e para adquiri-la basta clicar na imagem:

https://www.amazon.com.br/dp/B0DTGRWJ17?ref_=cm_sw_r_ffobk_cp_ud_dp_WJ6ZXQHJH4TH2D32S3D9&skipTwisterOG=1&bestFormat=true&newOGT=1

 

A família continua crescendo. Chegou Analice!

 

Qual não foi a nossa alegria ao saber que tem mais uma novidade para os leitores morrenses que acompanham os Episódios do Junhão de qualquer parte do planeta: Analice.

Analice é um conto que relata uma estória onde o personagem fica deslumbrado ao encontrar o amor da sua vida. Depois de estarem enamorados e ele fazer muitas promessas, será que vai conseguir cumpri-las ou ela não irá aceitar o casamento proposto?

A fantasia do conto indica que a mente humana é livre, embora muitas vezes seja cerceada, por isso a sinopse não poderá dar detalhes que poderão malograr a intenção da estória ter um final fantástico.

A obra literária já está disponível na plataforma amazon.com.br e para adquiri-la basta clicar na imagem:

 

O escritor Joswilton Lima registrou os seus livros na Biblioteca Nacional do Brasil e está de posse dos Certificados. Para aquisição do livro físico ou digital é só clicar na capa:

Mais um livro do escritor Joswilton Lima, autor dos Episódios do Junhão. Com o título de “O Cigano Violeiro” é um conto fantasioso destinado ao público adulto e juvenil que narra as superstições existentes nas comunidades rurais do interior.

O livro relata a vida simples e feliz dos personagens, mas que é totalmente alterada devido a visita inesperada na região de um indivíduo pernicioso.

A ficção da estória irá deixar os leitores surpreendidos por causa do final fantástico.

As ilustrações também são autor. A capa é uma pintura digital com o mouse, experiência nova que mesmo com toda a dificuldade da adaptação, deu um bom resultado.

As ilustrações internas são fotos de pinturas a óleo, também do autor.

A seguir, Episódios do Junhão I e II. Para adquirir basta clicar na imagem:

 

Joswilton Lima também é autor de ‘Enígmas da Escuridão’ e você também tem acesso ao livro para aquisição, pelo link que está na imagem, basta clicar:

Agora que você chegou até aqui, continuamos a usufruir da criatividade de amigos (as) que, por meio da sua atividade literária, presenteiam nosso leitores com textos de encher os olhos e fazer a alma viajar:

 

A GRANDE ESTRÉIA!!!…

 

CEIÇA

Sessenta e cinco anos de idade. Durante a tarde, enquanto as horas voam, está havendo um grande corre-corre no apartamento. Ao anoitecer já está quase tudo pronto para o evento que irão participar às vinte horas. Ela está toda arrumada – de acordo com o seu estilo cafona – e aguarda ansiosa o filho terminar de se vestir. Ceiça está agoniada porque o tempo urge e a todo o momento consulta as horas no relógio de pulso. Enquanto isso, Junhão está no quarto se trajando para ir ao culto e, consequentemente, assumir as suas funções no primeiro emprego da sua vida. A mãe está muito contente porque o filho irá exercer o importante cargo de Obreiro Petulante. Quando ela não aguenta mais de esperar, bate com força na porta do quarto e grita:

– Mocinho!!!… Avia, porque já está na hora da gente ir! Apresse o passo, porque você não está se aprontando pra casar! Não é de bom tom você chegar atrasado no emprego no primeiro dia de trabalho. Isso recomenda mal o funcionário…

JUNHÃO

Quarenta e cinco anos de idade. Antes, por não querer trabalhar, ofereceu resistência para não ir, mas acabou cedendo à insistência da mãe que deseja vê-lo bem empregado. Ao ouvir o chamamento dela, ele responde de mau humor, resmungando:

– Já estou pronto. É o diabo da gravata que não estou acertando dar o nó nessa peste.

CEIÇA

Fica zangada com o que ele fala e replica:

– Oxente!… Mude esse linguajar de palavras malignas, porque agora você é um menino de Deus. Venha aqui que eu sei dar o nó.

A seguir fala com serenidade, saudosa do marido que está viajando a trabalho:

– Eu tive que aprender a pulso dar esse nó “disgraçado” na gravata de Alcebíades, toda vez que ele vestia o terno.

JUNHÃO

Sai do quarto meio desajeitado. Está irritado com a roupa que está usando e se queixa:

– Estou me sentindo ridículo com essa roupa de papa-defunto! Tomara que a galera daqui da rua não me veja assim, porque senão vão ficar tirando sarro com a minha cara.

CEIÇA

Enquanto ajeita a gravata, reclama com ele:

– Não bote defeito no traje de gala de seu pai. Quando ele está aqui, usa esse terno preto para ir às reuniões na loja da organização esotérica da qual ele é membro.

E conclui com amabilidade:

– Vamos entrar na Igreja de mãos dadas e sorridentes para mostrar a todo mundo que somos uma família perfeita e feliz.

JUNHÃO

Sob pressão, ele cumpre fielmente todo o regulamento imposto pela mãe. Antes de sair de casa, eles ficam se olhando no espelho diversas vezes para verificar se está tudo dentro dos conformes. Enfim, quando dão a aprovação no visual, partem para o culto.

Ao chegarem, entram na igreja de mãos dadas, sorridentes e andando de modo cadenciado. Todos os presentes se viram para olhá-los com admiração. Enquanto caminham, ele finge sorrir enquanto murmura por entre os dentes:

– Pô velha, você é uma visionária! Está acontecendo tudo como você previu.

NO DIA SEGUINTE APÓS A ESTRÉIA DO NOVO FUNCIONÁRIO

CEIÇA

Está sentada à mesa completamente sem ação. Tem olheiras escuras e os olhos estão decaídos, vermelhos, demonstrando que passou a noite insone. O cotovelo está apoiado na mesa escorando a cabeça pendente com a mão. Os bóbis já caíram e os cabelos estão emaranhados. Muito triste, tem o olhar fixado no vazio como se estivesse a cismar sobre a sua vida desvalida.

JUNHÃO

Levanta-se no horário de sempre, meio-dia, e vai manquejando para o banheiro. Porém, quando passa pela cozinha e vê a mãe, ataca reclamando:

– Não diga nada porque estou retado! Você é a única culpada de tudo que me aconteceu! Eu não queria ir pra droga do emprego, mas você ficou forçando a barra.

Para um pouco para se queixar de dores que sente pelo corpo e depois prossegue:

– Olha aí o resultado da sua ganância querendo o dinheiro do meu salário. Por causa da sua insistência estou todo dolorido. Caí no seu papo e terminei levando uma peia danada daqueles seguranças endemoniados!…

CEIÇA

Quase sem ânimo, lamenta tristonha:

– Quer dizer que você faz o malfeito e agora quer “mim” culpar?! Nunca me senti tão humilhada na vida…

Envergonhada com o fato, pergunta:

– E agora com que cara eu vou encarar as pessoas na igreja? Os irmãos de fé estão horrorizados com o que você fez. Na certa devem estar “mim” censurando à boca miúda. Vou sofrer um linchamento moral sem ter culpa de nada.

JUNHÃO

Rebate irônico:

– Você vai voltar lá e agir normalmente com a mesma carranca que tem.

CEIÇA

Simula não dar importância ao que ele fala, mesmo assim comenta:

– Você é muito debochado. Eu nunca vi um menino tão cínico igual a você. Se alguém “mim” contasse sobre o seu desatino eu não ia acreditar, mas vi tudo com os meus próprios olhos.

Recordando o infortúnio vivido, relata:

– Na hora fiquei assustada sem saber o motivo de tanta correria e rebuliço dos cardeais, bispos, pastores, apóstolos, missionários, obreiros e seguranças.

Para a conversa e suspira fundo por estar sentindo um amargor profundo. Depois continua o lamento:

– Jamais iria imaginar que o motivo de tamanha confusão no culto seria você, o filho que eu recomendei muito e empenhei a minha palavra para que você conseguisse o emprego…

JUNHÃO

Está irritado com a conversa e tenta contornar a situação:

– Na realidade não houve nada demais… Você é que exagera tudo com essa boca mole. Aqueles membros da cúpula da igreja é que fizeram uma tempestade num copo d’água.

CEIÇA

Continua inconsolável com a sua dor e prossegue com a lamúria:

– Um filho que eu crio com tanto carinho… Já está com mais de quarenta anos e nunca trabalhou… Quando consegue uma oportunidade na vida, joga tudo pro o alto com essa cara de pau. Nunca vi um ser tão “inresposável”, meu Deus!…

Depois conclui demonstrando revolta:

– Além de não dar valor ao esforço que fiz, a “miséra” se suja todo e ainda respinga em mim a merda que fez…

JUNHÃO

Insensível, age de forma que nem parece ter sido o causador do sofrimento da mãe. Insiste em eximir-se de qualquer culpa falando:

– A senhora está atormentada sem motivo. A culpa é daqueles caras cheios de títulos pomposos, mas que na realidade fazem parte de um bando de usurários que só visam o dinheiro dos fiéis.

Continua tentando encobrir o seu desvio de conduta dizendo:

– Eles iludem para extorquir um monte de abestalhados que são transformados em zumbis, inclusive você. Tenho certeza absoluta de que eles não acreditam em nada daquilo que pregam.

E conclui como se estivesse dizendo a verdade:

– Eles fizeram aquele fuzuê sem necessidade porque são avarentos e fazem questão de qualquer besteira.

CEIÇA

Ao ouvir a argumentação dele, fica exaltada e esbugalha os olhos soltando fumaça pela venta. Muito enraivada, diz:

– Não venha com conversa pra boi dormir porque eu não sou besta! Eu vi você sendo conduzido pelos seguranças para um quartinho no fundo da igreja.

Lacrimeja ao se lembrar do ocorrido e relata:

– Fiquei indignada vendo aqueles brutamontes arrastando você que se esperneava e gritava chorando. Não sai da minha mente os seus gritos chamando por mim para pedir socorro.

Depois toma um fôlego e continua:

– Na hora corri aflita para perguntar ao Cardeal Interventor o que havia acontecido para aqueles homens estarem maltratando o meu filhinho e fiquei com a cara no chão.

A seguir prossegue contando:

– Ele disse que em determinada hora do culto, os pastores faziam orações invocando o Senhor, confiantes de que tudo estava correndo dentro da normalidade.

Estando chateada com o assunto, narra:

– Naquele período, exigiram que todos os fiéis fechassem os olhos e pegassem o dinheiro no bolso ou na bolsa, sem ver qual era o valor e colocassem na sacola do Obreiro Coletor que estava recolhendo as doações.

Muito irritada, dá um esporro nele:

– Enquanto os crentes estavam de olhos fechados fazendo as doações, você estava com os olhos bem abertos correndo a sacola no salão. Oportunista, aproveitou a ocasião para afanar a grana da igreja. Salafrário! Larápio do alheio!

Para novamente e enxuga as lágrimas que escorrem com um pano de prato. Depois, demonstrando revolta, diz:

– O seu serviço era simples; só arrecadar as doações e, após o encerramento do culto, entregar a sacola recheada de dinheiro ao Missionário Coletor.

Ela soluça um pouco e depois reinicia:

– Mas, apesar de todos estarem de olhos fechados, o esperto Cardeal Interventor ficou escondido num canto, com um olho fechado e o outro aberto, para observar o novo funcionário desempenhando a função.

Constrangida com o fato, diz:

– Por isso ele flagrou você pegando todo o dinheiro graúdo e guardando para si. Quanto às cédulas de menor valor, colocava na sacola. Isso é roubo, sabia disso, seu desmiolado?!…

– O Cardeal estava abismado porque no “baculejo” que lhe deram, encontraram os seus bolsos cheios de dinheiro. Ele disse que na revista feita, tinha muito mais, nas meias e até na cueca. Só tinha notas de duzentos, cem e cinquenta.

Amargurada, continua a contar:

– Eles não mandaram a polícia te prender, porque eu pedi muito. Fiquei chorando de joelhos implorando por você. Esse é o troco que “mim” dá, “miséra”?!…

Desgostosa, lamenta o prejuízo sofrido:

– Para enaltecer o seu trabalho eu tomei empréstimos em vários bancos e coloquei todo o dinheiro na sacola para aumentar a sua arrecadação. A minha intenção era dar prestígio a você como um bom arrecadador.

Depois lamenta:

– Fui fazer o bem e agora estou sem moral e toda endividada. Alcebíades vai ficar retado se souber do rombo nas contas. E agora, meu Deus, o que será de minha vida?!…

JUNHÃO

Arregala os olhos e resolve partir para o ataque:

– Não vejo motivo pra expulsarem você da igreja. Eles não podem botar moral porque na hora dos sermões vários deles deram testemunho dizendo que tinham sido viciados, traficantes, assaltantes e estupradores.

A seguir, pergunta demonstrando amargura:

– Não sei por que eles me discriminaram? É isso que não entendo…

Dá uma tragada longa no cigarro, sorri com sarcasmo e fala:

– No meu caso a situação era diferente. Como eles disseram que o dinheiro da coleta era para Deus, claro que eu, na condição de filho Dele, apenas peguei a parte da minha herança pra fundar a minha própria igreja…

A seguir diz com tristeza:

– Foi uma pena terem me flagrado pegando o dinheiro porque eu já estava gostando do emprego.

Depois exclama dando uma gaitada:

– Eu ia “lavar a jega”!…

CEIÇA

Abismada com o cinismo do filho, arregala os olhos, se benze com o sinal da cruz e fica estática sem saber o que fazer. Sendo religiosa fervorosa, apenas exclama:

– Misericórdia!… O sangue de Cristo tem poder!

A seguir lamenta desolada:

– Pra desgosto meu, a sua estréia foi um fiasco!

JUNHÃO

Deixa a mãe na sala sofrendo de uma tristeza profunda e vai descansar no quarto. Senta-se na cama e exprime a sua raiva:

– Essa coroa é uma aloprada. A sujeita devia estar retada por eu não ter conseguido trazer aquela grana toda.

E fala demonstrando temor:

– Ela só vive enraivada; parece que é a sina dela. Já estou vendo a confusão que ela vai fazer hoje à noite, quando eu for pedir dinheiro para a minha farra.

Suspira fundo e diz:

– Ah, se eu tivesse conseguido “passar a mão” naquela dinheirama!… Estaria livre de passar por certas humilhações aqui em casa.

 

Autor: Joswilton Lima

 

 

Joswilton Lima é natural de Ilhéus-Ba, mas é domiciliado há mais de vinte anos em Morro do Chapéu. Tem formação em Ciências Econômicas, mas sempre foi voltado para as artes desde a infância quando começou a pintar as primeiras telas e a fazer os seus primeiros escritos. Como artista plástico participou de salões onde foi premiado com medalhas de ouro e também de inúmeras exposições coletivas nos estados da Bahia, Sergipe e Pernambuco. Possui obras que fazem parte do acervo de colecionadores particulares e entidades tanto no Brasil, quanto em países do exterior, a exemplo dos E.U.A, Portugal, Espanha, França, Itália e Alemanha.

Em determinada época, lecionou pintura em seu atelier no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, e foi membro de comissões julgadoras em concursos de pintura. Nesse período exerceu a função de Diretor na Associação dos Artistas Populares do Centro Histórico do Pelourinho (primitivistas e naif’s), em Salvador.

Como escritor também foi premiado em diversos concursos de contos tendo lançado um e-book com o título “Enigmas da Escuridão”, com abordagem espiritualista, tendo obtido a nota máxima de 5 estrelas de leitores do site www.amazon.com.br Outros contos e romances também estão sendo escritos.

Concomitante às atividades artísticas, sempre exerceu funções laboriosas em diversos setores produtivos e, por último, se aposentou na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, onde trabalhou por muitos anos na Fiscalização.

Agora tem o prazer de apresentar aos leitores do site www.leoricardonoticias.com.br o seriado de crônicas intituladas Episódios do Junhão, com as quais espera que tenham uma leitura agradável e de reflexão.

Compartilhe

SIGA-NOS

PUBLICIDADE

MORRO DO CHAPÉU

plugins premium WordPress