É ARTE VIU!!????

A secura de nosso Nordeste, de nossa Bahia e de nossa terrinha aliada às projeções climáticas do futuro, nos faz ver que realmente o amanhã é agora porém, apesar das turbulências nos faz crer que nem tudo está perdido.
Tive o privilégio de sentar na minha, na nossa velha Minerva e remar em direção a uma viagem no tempo, não num transatlântico luxuoso e sim nas velhas jangadas que outrora embalou a vida de homens que se lançavam em busca de seu sagrado peixe.
– Que exemplo de encaixamento de cena.
– Quanto compromisso com as reações corporais e faciais.
– Que leveza na mensagem a ser passada.
– Quanta certeza na ocupação dos espaços cênicos.
– – -Que bela segurança no narrador onisciente. Aquela figura que nos coloca perto da história, sem às vezes estar presente nos sentimentos do texto.
– Que resultado de uma boa direção quando a gente vê, na linguagem teatral: ” Personagem gozar com o texto”
– Vi a quebra de tabu numa cena dita.
– – ” Imprópria p menores de 18 anos”.Onde o envolvimento do espetáculo nos faz a esquecer que ela existiu.

– Assim deve ser a arte: Provocativa, educativa e criativa.

Só assim ela será ativa, deixando o grande Dionísio, o Deus Grego e a Deusa Minerva alegres e embebecidos.
– Fez-me reviver 85 quando naquele velho palco, desafiamos os moralistas, reacionistas e corajosamente gritamos numa mensagem ao final da apresentação.
– ” Diretas Já.
– Era mais duro e perigoso à época,que mostrar beijos, traições e sexo hoje. Por isso grita vamos naquele tempo.
-Voltei do mar, ancorei a minha jangada cultural e quando pisei em solo vi os relatos do episódio, não dá multiplicação e sim da distribuição do peixe em nossa terrinha.
Aí tive vontade de voltar pro mar bravio, mesmo que enfrentando a fúria do vento.
Pensei.
Mesmo com a secura de empatia, respeito, humildade e até de religiosidade, depois do que vi,21 personagens, luz, sonoplastia, direção se lançarem ao mar para alimentar nossa alma de cultura, deduzi:
Apesar das turbulências, aquele grupo mostrou o avesso do que escreveu um dia o grande Jorge Amado.
Na nossa cultura minervina.

O MAR não está MORTO.

 

Por Josemar bento – Balili

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MORRO DO CHAPÉU

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