Gente de Morro do Chapéu: Jaci de Neno, Jaci do Avoador, Jaci do acarajé, Jaci do Morro!

Abaixo um pouco de sua história!!
Jaci do Espírito Santo, filha de Ermilino Rodrigues do Carmo e Júlia do Espírito Santo, mas foi criada por uma avó chamada Ana do Espírito Santo, nascida em 08 de maio de 1938, em Morro do Chapéu, Bahia. Começou a trabalhar desde os oito anos, na Barra II, onde morava, pois tinha que ajudar em casa nas despesas. Uma infância muito sofrida, pois a tia de criação a maltratava muito, pois ela era amarrada e espancada, caso corresse, a tia colocava os cachorros para pegar. trabalhava na roça para ajudar comprar a carne, mas não comia, porque sua tia falava que esquecia de colocar no prato, os trabalhos eram duros, de enxada ou tirar palha para raspar e tirar o pó para vender, quando estavam tirando as palhas ouviam as onças esturrar. Só quando foi para Salvador morar com a madrinha Davina Gomes, foi que acabou o sofrimento morou por sete anos, em Salvador tinha vida social e era muito bem cuidada.
Aos 23 conheceu seu esposo em um baile de Carnaval, se casou com 23 anos com Sinvaldo Soares dos Santos (Neno) que insistiu muito para namora-lá mas ela não aceitou, mas com a insistência dele disse que só namoraria para casar, e ele aceitando a pediu em casamento com quinze dias depois do início do namoro. Aos vinte e quatro anos teve seu primeiro filho José e a partir daí não parou tão cedo, teve mais oito, todos eles com parteira: Antônio, Mariana, Maria Luzia, Cláudio, Paulo Sérgio, as gêmeas Mari Márcia e Maria Marta e Sônia, que renderam a ela 20 netos e 7 bisnetos. Uma excelente lavadeira que lavava roupas para várias famílias de Morro do Chapéu, depois disso iniciou sua vida de empreendedora no ano de 1973, fazendo acarajé para um juiz, chamado Dr. Zezinho, em casa e os filhos mais velhos vendendo na rua, um dia resolveu vender na praça, muitas pessoas riram muito, ficou muito triste, mas insistiu, vendia também nas barraquinhas das festas de São Benedito e do Divino Espírito Santo. Anos depois foi vender acarajé na praça da Bandeira, um dos melhores acarajés da Bahia, muitas pessoas saem de longe a procura do acarajé de D. Jaci do Avoador. No ano 1978 ela passou a vender também, sequilhos, biscoitos, bolos, pastéis rabinho de tatu e o avoador que passou a ser o carro chefe do seu empreendimento, fazendo com que hoje ela seja conhecida como “Jaci do Avoador”, pois eram vendidos por toda região circunvizinhas como: Irecê, Lapão e Presidente Dutra entre outros.
Ficou viúva depois de 43 anos de casada, mas não quis casar novamente porque sabia que nunca encontraria outro homem a altura do seu esposo. Enfrentou muitos sofrimentos depois disso, pois a partir daí toda responsabilidade de continuar criando os filhos era só dela, mantê-los na escola com todas as despesas, com uma boa criação e caráter, e tudo isto foi conquistado pelo que se pode ver nos exemplos dos seus filhos e filhas.
Enfim, sua vida é um exemplo e orgulho para toda sua família e para nossa Morro do Chapéu.
Por Martinha Santos, Facebook.

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