Átila Karaoglan homenageia indígenas e destaca contribuição do povo Payayá na formação histórica de Utinga

O prefeito de Utinga, Átila Karaoglan (PSDB), homenageou os indígenas e destacou a importância dos povos originários na formação da história, identidade e tradições do município. Em uma publicação nas redes sociais, feita no último sábado (19), o gestor municipal ressaltou a contribuição do povo Payayá para a construção das raízes culturais de Utinga.

“Hoje, celebramos e honramos os primeiros moradores de Utinga: os povos indígenas, guardiões da terra, da água e da sabedoria ancestral. Temos orgulho de ser território do povo Payayá, que segue presente, forte e respeitado. Eles nos ensinam, todos os dias, sobre equilíbrio, sustentabilidade, respeito à natureza e economia solidária — lições que o mundo precisa reaprender”, ressalta o prefeito Átila Karaoglan.

Em contato com a equipe do Jornal da Chapada, Átila Karaoglan relembrou um momento marcante de sua trajetória política, quando recebeu a faixa de prefeito de Utinga das mãos do Cacique Juvenal Payayá, em um gesto que simbolizou a representatividade dos povos indígenas no município.

“Quando pensei em fazer essa homenagem aos indígenas, lembrei do momento em que recebi a faixa de prefeito de Utinga das mãos do Cacique Juvenal Payayá. Aquele momento foi simbólico, e fiz questão que acontecesse para enfatizar que não podemos esquecer daqueles que começaram tudo e que contribuíram para a construção do nosso município”, afirma o prefeito Átila Karaoglan.

 

Legado dos indígenas na formação de Utinga
Em Utinga, a história dos povos indígenas se entrelaça com a trajetória do povo Payayá, que habitava a região muito antes da colonização, incluindo a bacia do Rio Utinga. Conhecidos como “filhos do espírito das águas” no idioma tupi, os Payayá mantêm viva sua presença histórica, sendo atualmente o único povo indígena que se reconhece como tal na região.

Antes da chegada dos colonizadores, o povo Payayá ocupava uma vasta área na Bahia, abrangendo inclusive os sertões da Chapada Diamantina. Com a colonização, enfrentaram um processo severo de dizimação, perda de identidade cultural e territorial. Mesmo assim, os sobreviventes resistiram, buscando recuperar suas raízes e reconstruir sua ligação com o território ancestral.

Esse esforço de resistência resultou em conquistas importantes. Por meio da revalorização de sua história e da identificação de descendentes, o povo Payayá conseguiu retomar uma pequena parte de suas terras tradicionais. Desde janeiro de 2019, famílias Payayá ocupam pacificamente uma área de 112 hectares em Utinga, cedida pelo governo estadual após um processo de negociação.

Jornal da Chapada

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