07 de MAIO.
161 ANOS DE MUNICIPIO DE MORRO DO CHAPÉU.
HOJE DE FATO É O NOSSO ANIVERSÁRIO!
Por – Pedro Roberto Bento Oliveira
Pesquisas realizadas em registros deixados por: Honório de Souza Pereira e Honório de Souza Pereira Neto, pelo Professsor Antônio Gabriel de Oliveira e em registros nos livros da Igreja Matriz de Morro do Chapéu – Bahia.
A hoje Morro do Chapéu era um arraial construído em torno de uma Igreja que teria sido iniciada a sua construção no ano de 1800, com a licença do ARCEBISPO DA BAHIA, D. FREI ANTONIO CORREIA. Terminada a construção da Capela em 1834, nas terras da então FAZENDA GAMELEIRA, pertencente naqueles idos ao senhor ANTONIO FERREIRA DOS SANTOS, começam a surgir às primeiras edificações, nascendo dessa forma a POVOAÇÃO DE GAMELEIRA. Há relatos de que no ano de 1823, tivemos significativo aumento na nossa população por conta da chegada de portugueses, que aqui se refugiaram por medo das perseguições dos nacionais, resultante das lutas da independência do Brasil, os quais aqui se estabeleceram com suas fazendas de gado.
Nos anos de 1837 a 1848, é feita, doação de terras das circunferências do Arraial adquiridas ao Conde da Ponte pelo Vigário Francisco Gomes de Araújo e sua irmã Dona Anna Umbelina de Araújo, para que os habitantes do lugar edificassem casas. As terras doadas ficaram sobre a responsabilidade do fabriqueiro e administrador da Igreja – o senhor Manoel Joaquim da Silva Miranda – que era, juntamente com Juiz de Paz, responsável pela concessão de licenças para as edificações. Com a fundação da Capela consagrada a Nossa Senhora da Graça, começa a se formar o povoado de Gameleira.
Com o surgimento de edificações próximas à capela, em 1º de junho de 1838, a Lei provincial nº 67, eleva a categoria de Freguesia, o então Arraial de Gameleira, que passa a ser denominado de Freguesia de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu e que foi canonizada pelo Arcebispo D. Romualdo Antônio de Seixas, Marquês de Santa Cruz, sendo Presidente da Província da Bahia o Desembargador Thomaz Xavier de Almeida.
O Arraial de GAMELEIRA, depois Freguesia de Morro do Chapéu, pertencia ao atual município de JACOBINA e naqueles tempos foi desmembrada da então freguesia de Santo Antônio de Jacobina. A recém-criada freguesia teve como primeiro Vigário o Padre Francisco Gomes de Araújo, que faleceu em 1855. Todavia, registra-se aqui, que o primeiro Sacerdote que residiu no Morro do Chapéu, como Capelão subalterno à Freguesia de Jacobina, foi o Padre José Pereira, que era músico e ferreiro exímio.
É importante observar que a denominação eclesiástica significava que o ARRAIAL havia sido elevado à categoria de DISTRITO DE PAZ. Os limites de nossa FREGUESIA eram: SANTO ANTONIO NO ALTO DA BOA VISTA, ESTREMANDO COM AS TRÊS FREGUESIAS DE URUBU, RIO DE CONTAS E XIQUE-XIQUE; E DESCENDO PELO RIO JACUIPE ATÉ CONFINAR-SE COM A DE SANTO ANTONIO DA FAZENDA DO UMBUZEIRO DE CIMA, COMPREENDENDO AS TERRAS DENOMINADAS MUNDO NOVO.
Por ordens do Presidente da Província da Bahia, Sr. Antonio Joaquim da Silva Gomes, em ato provincial nº 933 de 07 de maio de 1864, a então Freguesia de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu, era elevada à categoria de Vila e Município, formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Graça e Mundo Novo.
Conforme, Honório de Souza Pereira Neto, em seus registros históricos esse Ato Provincial, tivera uma intervenção direta da Senhora Dona Claudina Barboza (esposa do Major Manoel Barboza) e do Cel. Manoel Fulgêncio de Figueredo de Jacobina. Eram os tempos de mando e conflitos entre os Liberais liderados pelo Cel. Quintino Rocha da fazenda Gurgalha e os Conservadores guiados pelo Cel. Porfírio Pereira – do Arraial de Ventura.
Em 06 de agosto de 1865 aconteceu a eleição para o Conselho Municipal, sendo instalada a Vila em 06 de novembro de 1865, com os seguintes Conselheiros:
Major Manoel Barbosa de Souza – Presidente
Vigário Joaquim Inácio de Vasconcelos
Aníbal José Pereira Borges
Constantino José Cavalcanti
José Friandes de Figueiredo
Olegário Pinto
Joaquim da Rocha César.