A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) manifesta sua posição contraria à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP), que propõe o fim da carga horária 6×1 no Brasil e sugere uma jornada 4×3, com quatro dias de trabalho e três de folga.
Para a CNDL, principal representante do setor de comércio e serviços do país, a proposta coloca em risco a manutenção de milhares de micro e pequenas empresas do país, uma vez que a redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários impacta diretamente nos custos operacionais dos negócios.
A CNDL destaca que atua pela valorização dos trabalhadores do país e pelo bem-estar das famílias brasileiras, sobretudo no que diz respeito à geração de emprego e renda. Para a CNDL, a PEC trará grandes prejuízos para a estabilidade das empresas, e trará impactos negativos no horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, que já encontram dificuldades para encontrar mão de obra para ocupar as vagas em horários alternativos. Além disso, os trabalhadores sofrerão com o aumento da informalidade, com a redução de salário e do custo de vida.
A CNDL alerta que tal alteração significa uma mudança de paradigma estrutural no país, uma vez que a redução da carga de trabalho é promovida com base em modelos europeus e norte-americanos, que não refletem a realidade brasileira, onde o custo do emprego e os encargos trabalhistas são altos.
A CNDL reforça o seu compromisso com o setor produtivo e com a geração de empregos no país e conclama o Congresso Nacional para que se promova um amplo debate em busca de alternativas que priorizem o desenvolvimento econômico, o ambiente de negócios e da renda da população brasileira.
Fonte: FCDL