Parece que Morro do Chapéu deu um “upgrade” territorial, ganhando mais de 35 mil hectares na porção norte com a nova Divisão Político-Administrativa da Bahia, publicada na malha 2024. E olha só: de quebra, agora o município abriga importantes empreendimentos eólicos que deveriam ser uma mina de ouro em impostos como ISS, royalties e outras contribuições.
Mas a pergunta que não quer calar é: cadê o dinheiro, Morro do Chapéu? Porque até agora, as comunidades próximas, como Umburaninhas, Jacarezinho, Camirim e Monte Azul, estão esperando ver os benefícios . Será que alguém esqueceu de avisar que esses recursos deveriam melhorar escolas, estradas, saúde ou, quem sabe, levar um pouco de dignidade a essas localidades?
A transparência parece ter ficado presa em alguma turbina eólica. Enquanto o vento sopra forte nos parques, a população continua sem saber exatamente quanto o município arrecada ou como esses valores estão sendo aplicados. Por acaso os impostos estão indo para um fundo invisível, ou Morro do Chapéu ainda está pensando no que fazer com tanta “sorte”?
Comunicar e devolver o impacto positivo às comunidades deveria ser a prioridade. Afinal, com tanto vento gerando energia, era de se esperar que um pouquinho de luz fosse jogado sobre esses números.